IDENTIDADE
Pedro Bandeira
Às vezes nem eu mesmo
sei quem sou.
Às vezes sou
“o meu queridinho”.
Às vezes sou
moleque malcriado.
Para mim
tem vezes que eu sou rei,
herói voador,
caubói lutador,
jogador campeão.
Às vezes sou pulga,
sou mosca também, que voa e se esconde
de medo e vergonha.
Às vezes
eu sou Hércules,
Sansão vencedor,
peito de aço,
goleador.
Mas que importa
O que pensam de mim?
Eu sou eu,
sou assim,
sou menino.
Transcrito de Cavalgando o arco-íris. São Paulo, Moderna, 1985
quarta-feira, 4 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário